quarta-feira, 15 de julho de 2009

Poluição Sonora

Acredito que no decorrer do post, irei causar polêmica. Até porque trata-se de um assunto muito delicado, em que gosto não se discuti. Mesmo assim irei me arriscar ( pra variar) e espero causar confusão em sua mente, estou ciente de que você pode não concordar. Espero intrigantes críticas. No meio do show de Biquíni Cavadão, que fui no sabado dia 12 de Julho o vocalista Bruno entra no assunto ' Poluição Sonora ' o qual nós somos responsáveis pelo poeta de amanhã. Não me recordo exatamente como ele disse, mas música tem que ter letra, sentido, etc. Apesar de que em festa é normal escutar uma música do momento, estamos no meio de pessoas com gosto diferentes e respeitamos. Afinal, não vamos nos retirar só por causa de uma inútil música(Não quero radicalizar tanto, mas não encontro maleáveis palavras), mas isso não significa que eu valorize esse tipo de 'ritmo', se é que posso chamar assim. Me justifico antes das críticas para não achar que estou me contradizendo, quando se lembrar das vezes em que me encontro em festas e não tenho pra onde correr.
Não sei se eu que estive alienada por algum tempo, mas percebo que de uns tempos pra cá começou a chover o curioso tipo de "mulher fruta". É mulher melancia pra cá, é mulher moranguinho pra lá, mulher jaca em algum outro lugar. Ã... O que é isso? Achei que era alguma coisa de quem não tinha o que fazer mesmo, mas me apavorei ao constatar que estas têm se tornado as mulheres mais famosas do Brasil, a "sensação" do país. Os homens gostam, de certo, embora o cérebro seja ausente, há bunda e peitos de sobra. Tudo bem, nada contra (muito menos a favor) as famosas da Playboy, mas me indignei realmente hojeao assistir um programa ' Superpop ' ha uma semana atrás, ao ver a tal da Mulher Moranguinho "cantando" em um programa de TV. Socorro! Nem vou comentar sobre a qualidade sonora daquilo que chamavam de "música da moranguinho". Era algo que dizia: "Se você me der mole, eu vou beijar você. Hoje eu não quero escolher, vou beijar quem aparecer".
E daí veio à tona em minha cabeça todo aquele funk brasileiro, e aquelas letras cheias de conteúdo [/ironia]. Muito parecido com o que a Morangolóide (carinhosamente) cantava. Pronto, o povo brasileiro não precisa de mais nada! Desculpem-me pela generalização, parabéns para quem não está no grupo, mas é a verdade! Eu não sei de outro país que tenha tamanha consideração por músicas que só falem de bundas, créu e afins. Que orgulho do Brasil! [/ironia outra vez]. Deixo claro aqui que não tenho nada contra o funk em si, o ritmo é contagiante embora eu me recuse a dançá-lo tão explicitamente. Já me repreenderam, dizendo que é preconceito contra o pessoal lá da favela, de onde o funk brasileiro surgiu. Brincadeira né? Não é preconceito com cultura alguma, é indignação por nosso país ter isso para mostrar na televisão: Um ritmo de música como outro qualquer, que está lá para o gosto de quem quer, mas que acaba com a moral que ainda poderia ter na cabeça das pessoas com aquelas letras sacanas, as quais as pessoas cantam e dançam como se fosse a coisa mais normal do mundo dizer: "O me chamaram pra orgia, Tati a Quebra Barraco, o me chamaram pra orgia, esse é o Bonde do Tigrão, o que tu quer eu vou te dar, é só você me seduzir".
Ou as pessoas estão ficando sem senso do ridículo, ou eu estou morando no lugar errado, porque eu continuo sem entender o que faz tanta gente repetir para tudo quanto é lado essas baboseiras.
E parabéns aos poucos músicos funkeiros que não acabam com a música pelas letras, talvez haja salvação, algum dia.

2 comentários:

  1. não tão somente pela literatura da coisa, e sim, diferentemente, pela problemática que é essa "nova" musicalidade!

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  2. Ah, sim, e continua blogueira, continua mesmo.. mesmo que saibas que não te trará, provavelmente, grande retorno!

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